Fascite Plantar, O
que é?
A dor
no calcâneo é um dos motivos mais freqüentes de atendimento ortopédico e pode
ter várias causas, mas sem dúvidas a mais freqüente é a Fasceite Plantar, que é
a inflamação da fascia plantar. A fascia plantar é uma aponeurose (tecido que
recobre a musculatura) da planta do pé que se estende do calcâneo aos dedos. A
Fasceíte Plantar ocorre principalmente dos 40 aos 50 anos de idade e é mais
freqüente em mulheres do que em homens. O sobrepeso facilita o aparecimento
dessa inflamação na fascia plantar. Como também alguns vícios de atitude que
geram posturas erradas e leão por esforços repetitivos. O salto alto,muito
usados pelas mulheres, provoca um encurtamento dos sólios e dos gastroquinêmios
(músculos da panturrilha), que como consequência estressa a união dos tendões (calcâneo
e fascia plantar), provocando pequenas roturas na fascia que inflamam e forma a
fascITE plantar ( ITE = a inflamação). Além de algumas deformidades como pé
equino e pé chato entre outras também são causadoras deste problema.
ESPORÃO DO CALCÂNEO
O que é o Esporão do Calcâneo?
O Esporão do Calcâneo é um tumor ósseo benigno. Define-se
como uma espícula óssea, que se desenvolve na parte anterior do calcâneo (osso
do calcanhar), especificamente na sua inserção com a fáscia plantar.
O osso do calcanhar (calcâneo) é o de maior tamanho em
toda a estrutura óssea do pé e funciona como base de equilíbrio.
Em cada passo que damos, imprimimos todo o peso do corpo no
calcanhar, pelo que o impacto na planta do pé e suas estruturas associadas é
intensa e constante.
O esporão do
calcâneo faz parte do quadro de Fasceíte Plantar e se caracteriza por um
crescimento ósseo no calcâneo, mas é importante salientar que o esporão não
ocorre na fascia plantar e sim no músculo flexor curto dos dedos, o qual é
adjacente à fascia. Apenas 50% das pessoas com fasceíte tem esporão e 10% das
pessoas sem dor no calcâneo também tem esporão, assim, via de regra, não há
indicação de ressecção cirúrgica do esporão.
Tipos de esporão do calcâneo:
- Extenso assintomático: não é doloroso e sua posição não
interrompe a fáscia plantar.
- Extenso sintomático: produz dor porque a área que ocupa a
sua projecção anterior
interrompe a fáscia
plantar, produzindo inflamação e dor
- Pequeno: pode não aparecer radiologicamente, mas é o mais
doloroso não pela sua
dimensão ou
estrutura, mas pela sua posição que neste caso se projecta para a fáscia
plantar rompendo-a
agressivamente
Sintomas:
- A dor é o principal sintoma e começa de manhã, quando são
dados os primeiros passos
e após os períodos
prolongados de repouso;
- Raramente tem inflamação visível, avermelhamento ou outro
sinal aparente na pele;
- É frequente entre pessoas que praticam desporto, pessoas
com excesso de peso e
pessoas com Pé Cavo
ou Pé Plano;
- Existe dor pulsante na zona plantar do calcanhar
- Existe dor no repouso e na deambulação.
- Existe dor ao colocar o calçado
Temos que ter sempre presente que a dor no calcanhar nem
sempre significa a presença de um esporão.
Orientações saudáveis:
- Usar sapatos com solas suaves, amortecedores e salto
adequado (altura não superior a 2,5 cm);
- Usar sapatos fechados e protegidos para levantar grandes
pesos;
- Evitar ficar em pé por tempos prolongado
desnecessariamente;
- Controlar o excesso de peso corporal;
- Fazer exercícios fortalecedores da musculatura da planta
do pé;
-
Não iniciar corridas ou saltos sem a devida preparação da musculatura do pé.
-
não abusar do uso de salto alto.
-
manter os músculos da panturrilha em seu tamanho normal com alongamentos
diários e com
mais ênfase quando esses forem muitos
solicitados como
andar muito, ficar muito tempo em pé ou praticar esportes.
Alguns fatores podem predispor ao desenvolvimento do esporão:
- Pés planos (chato);
- Salto alto;
- Pés pronados e/ou supinados (quando se gasta mais a sola do tênis do lado de fora ou de dentro);
- Prática de esportes sem calçado adequado;
- Encurtamento do músculo gastrocnêmio (músculo da batata da perna).
Tratamentos:
Os tratamentos convencionais consiste em:
A Medicina tem evoluído nos últimos
tempos proporcionando novos métodos de tratamentos mais eficazes, menos
invasivos e com menores riscos ao paciente.
É o caso da Terapia por Ondas de
Choque Extracorpórea, que chegou recentemente ao Brasil e está sendo ministrada
por ortopedistas em algumas cidades como São Paulo, Brasília e Porto Alegre.
Através de um aparelho fora do corpo humano, as ondas de choque são aplicadas
no local da inflamação produzindo uma neovascularização com conseqüente
reparação do tecido inflamado. Recomendado para casos crônicos.
Ondas de choque são ondas mecânicas,
acústicas e não tem relação com eletricidade e não emitem calor. O procedimento
é realizado por um médico ortopedista, em 3 aplicações com intervalos semanais
e duração em média de 45 minutos.
É uma alternativa ao tratamento
cirúrgico, com 90% de bons resultados no tratamento da fascite plantar.Também
está indicado nos pacientes que se submeteram à cirurgia e que continuam com os
sintomas (30% dos casos).
Apresenta muitas vantagens com relação ao tratamento cirúrgico:
- método não invasivo, sem cicatrizes
- não requer internação hospitalar
- não necessita de anestesia, com eliminação dos riscos da cirurgia e anestesia
- não causa outros problemas possíveis decorrentes dos riscos cirúrgicos e anestésicos
- não é considerado doping
- recuperação num curto espaço de tempo
- não requer afastamento do trabalho
- não necessita preparo especial prévio.
Apresenta mínimos efeitos colaterais:
- desconforto local discreto durante a aplicação
- aparecimento de pequeno hematoma no local da aplicação que desaparece expontaneamente em 24 horas.
Contra-indicações em pacientes:
- marca-passo cardíaco
- gestantes
- crianças
- pacientes com distúrbios de coagulação.
A terapia por ondas de choque é indicada para doenças do sistema osteomuscular tais como as calcificações no ombro, as epicondilites (cotovelo de tenista ou golfista) e pseudo-artroses (fraturas que não consolidam).
Durante o tratamento utiliza-se um
aparelho de ultrassonografia que traz um "cross-hair" (mira),
proporcionando durante todo o tempo da terapia a localização exata e on-line da
área a ser tratada, com precisão exata do local inflamado e focando a onda de
choque no ponto necessário da lesão.
O método é comprovadamente eficaz no
meio médico internacional, sendo utilizado na Europa desde 1990 com bons
resultados em torno de 90% dos casos. Aproximadamente 2,5 milhões de
norte-americanos apresentam FP e estima-se que 1 milhão de brasileiros procuram
os consultórios de ortopedia com os sintomas da doença.
Fonte :Site ABC da Saúde
Medicamentos anti-inflamatórios
e analgésicos são largamente usados pelos médicos
Infiltração de corticoides por vezes também é a
opção da medicina.
Fisioterapia:
A
fisioterapia, apresenta grandes resultados nos tratamentos,tanto de fascite
plantar como do esporão de calcâneo.
Largamente
difundido, o tratamento com ultrasom mostrou ser muito eficaz, porém a
fisioterapia, tem uma visão mais funcional da postura, da marcha e dos vícios
de atitude, podendo tratar a consequência (o esporão ou a fascite), como
identificar a possível causa com descrito anteriormente e em quase sua
totalidade tratando-o. Assim,o
tratamento multiprofissional é o indicado.
ACUPUNTURA:
A acupuntura também tem uma eficácia muito grande,
principalmente se o acupunturista for um fisioterapeuta Especialista em
Acupuntura, nesse caso vai agregar os conhecimentos de ambos. Tornando além de
eficaz, menos demorado e provavelmente menos dispendioso.
Na acupuntura, a fascite tem entre alguns tratamento a
utilização de moxabustão(Técnica que utiliza um bastão de Artemísia como um
charuto),onde na literatura
especializada é um tratamento eficaz, porém doloroso para o paciente.O que é
chamado no meio profissional especializado de “ levar o problema ao Yang
Máximo”.
Pode ser
aplicado Eletro Acupuntura, onde agulhas
são inseridas em locais chamados de acupontos ou a técnica de “cercar o dragão”
(agulhas cercando o local do problema), essas agulhas, são conectadas a um aparelho
elétrico que vai promover analgesia(diminuição da dor) e melhor cicatrização.
Fácil de entender pela ciência ocidental essa técnica, pois já foi comprovado
que ao inserir a agulha, o cérebro desencadeia a liberação de opioides e anticorpos
para o local onde tem o corpo estranho (a agulha), porém a agulha que é estéril
será retirada em pouco tempo. Ficando assim os opioides e os cicarizantes no
local, diminuindo ou até retirando totalmente a dor e cuidando da inflamação e
a cicatrização do local.
Existe também uma técnica de Bandagem que apresenta grande resultado durante o tratamento da fascite plantar. Trata-se de fazer uma Bandagem com esparadrapo na planta do pé, depois fazer alongamento tanto da musculatura dinâmica quando a estática, promovendo a liberação de possíveis aderência da fascia plantar, a apele e / ou o tecido conjuntivo. Com isso promove uma diminuição da dor do paciente.
Em todos os casos citados na fisioterapia e na acupuntura, o alongamento da chamada cadeia
posterior muscular com ênfase nos músculos da posteriores da perna é muito
importante, ou até imprescindível no tratamento.
Autor Dr.,Prof. Ruy Maia
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